quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Falando sobre gatos...

"Oi, eu sou a Manchinha, agora me alimente e coce meu pescoço!"

Essa é a minha gata. Na verdade, eu sou a humana dela. Quem tem gato em casa se identifica com essa frase.
Apesar da imagem dos gatos estar melhorando e mais pessoas os estarem adotando como companheiros, ainda existe muito preconceito com esses baixinhos cheios de si.
São completamente diferentes dos cães e por isso são taxados de egoístas, indiferentes e interesseiros. Gatos não demonstram os sentimentos da mesma forma que os cães. Eles não vem correndo à porta e pulam em nosso colo quando voltamos para casa. Eles não lambem nosso rosto ou nossa mão o tempo todo e, na esmagadora maioria, não obedecem à truques e comandos.
Mas isso não significa que eles não nos amem e sintam nossa falta. Eles apenas não demonstram, não da forma como estamos acostumados.
Na natureza os gatos são predadores e presa também. Ou seja, eles caçam e são caçados, qualquer demonstração de sentimento pode ser um sinal de fraqueza perante um predador.
Eles são mais sutis para demonstrar carinho e gratidão a seus humanos. Uma rápida esfregadinha nas pernas quando chegamos em casa, uma piscadela quando nos olham nos olhos, uma ronronadinha baixinha quando falamos com eles são algumas demonstrações sutis, porém verdadeiras, que esses felinos nos dão.
Geralmente eles escolhem uma pessoa da casa para ser "a pessoa", aquela em que eles mais confiam. Para essa pessoa eles podem dar demonstrações mais claras e abertas, como deitar de barriga para cima e ficar rolando de um lado para o outro, pedindo carinho. Geralmente eles farão isso quando não houver mais ninguém por perto. É assim entre a Manchinha e eu. Quando estamos sozinhas ela é um dengo só, mas é só chegar alguém que ela se "recompõe" e volta à sua postura de "indiferente". 

Também existe o mito de que o gato se apega à casa e não ao dono. 
Você não vê com frequência pessoas passeando com seu gato no parque, ou indo ao shopping com um gato no colo, vê? Quantas pessoas você conhece que reclamam que é um drama levar seu gato ao veterinário? Muitas, aposto. Os gatos são animais metódicos. Eu até brinco e falo que todos os gatos tem TOC (transtorno compulsivo obsessivo). Eles gostam de rotina. Horário para comer, dormir, brincar, dormir, tomar sol, dormir, caçar, dormir, comer e dormir. Sair de casa não faz parte da rotina. Por isso, quando você vai mudar de casa, é trauma para o gato. Cheiros diferentes, barulhos diferentes, ambientes diferentes e, nessas horas, a presença do humano de estimação ao lado dele é importantíssima. Você é o porto seguro dele, inclusive, por isso que é sempre indicado deixar uma peça de roupa sua junto com o bichano, para que ele sinta seu cheiro e fique menos estressado.

Claro que, independente de raça, cada indivíduo é único. Tanto que conheço gatos que realizam truques, gatos que pulam no colo, gatos que adoram visitas, gatos que passeiam de coleira no parque e até gatos que gostam de banho. É preciso respeitar a individualidade de cada um educar seu gato a sua maneira. O ideal é sempre consultar seu veterinário de confiança e até mesmo contratar um especialista em comportamento animal para te ajudar. Hoje em dia existem N tratamentos, terapias e formas de adestramento. Uma certamente irá se adequar à você e seu companheirinho. E claro, se puder, adote um gato de rua! 

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